terça-feira, 13 de abril de 2010

Testemunho do Fabiano: JMJ Austrália, 2008 - Parte I

Olá pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim!

Hoje trago para vocês o testemunho do meu amigo Fabiano, que participou da JMJ Austrália em 2008. Espero que a experiência dele possa nos motivar a cada vez mais trabalhar pela peregrinação e pelo Evangelho!

Boa leitura!

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Experiência: Jornada Mundial da Juventude 2008: Sydney, Austrália.


Meu nome é Fabiano, tenho 23 anos, e fui à última JMJ junto com o grupo de minha paróquia, formado por jovens do Caminho Neocatecumenal, movimento do qual participo há 9 anos.



Ir à JMJ nunca é fácil, e penso que principalmente para os que não têm muito ou nenhum dinheiro sobrando. Como de costume, organizamos um grupo com os jovens de nossa paróquia que queriam ir a essa peregrinação, e começamos os trabalhos para arrecadar dinheiro para as passagens ainda no ano de 2006.



O grupo começou com mais de 70 jovens, mas somente uns 25 acabaram indo. Pois pode não parecer, mas a peregrinação começa antes. E é nos trabalhos em que um tem que trabalhar pelo outro, mesmo sabendo que no final, pode ter que pagar uma parte, ou pagar sua passagem inteira.



A primeira etapa de uma JMJ é a doação, pois é quando ainda estamos trabalhando, vendendo doces, fazendo pizzas, eventos, indo às inúmeras reuniões com os responsáveis do grupo, perdendo alguns finais de semana, é que podemos ter a certeza se queremos ou não ir, se vale à pena, ou não.



Creio que uma segunda etapa, seria abrir mão de coisas cruciais em nosso dia-a-dia, trabalho e/ou estudo. Pois nem sempre você consegue planejar suas férias no trabalho, e nunca na escola. A JMJ de Madri acontecerá em agosto, período em que muitos alunos estão em pleno ano letivo. Eu tive essa experiência, pois no começo de 2008, entrei como estagiário em uma empresa, e, no fim de julho, eu seria efetivado como funcionário. Fiquei com medo de estar com passagem comprada, data da partida marcada, e não conseguir que fosse liberado no trabalho. Desisti, ia perder os US$ 200,00 que tinha pagado como sinal mais ou menos um ano atrás, mas ia salvar outros US$ 2.500,00. Isso foi mais ou menos no meio de abril.



Após a Vigília de Pentecostes daquele ano, percebi que tinha errado, e voltei atrás. Era muito tarde, pois a agência que estava cuidando de nossa viagem, já tinha fechado o grupo, as passagens de avião, e enviado tudo à organização da JMJ, para garantir nossa estadia, e tudo mais.



Então eu teria que fazer uma inscrição individual, ficando em alojamento separado do grupo de minha paróquia, e torcer para que o pessoal da agência conseguisse uma passagem para mim, pois naquele período, como havia muita gente que iria voar para a Austrália em um curto período, havia poucas passagens disponíveis, e a preços exorbitantes.



Consegui com muito custo fazer minha inscrição individual pelo site da JMJ (mais US$ 250,00). Faltava ainda a passagem, cuja confirmação veio a pouco menos de um mês antes de embarcarmos, pois um padre que iria junto conosco acabou desistindo, e fiquei com a passagem dele.



Tinha a inscrição, e a passagem, iria viajar no mesmo vôo do meu grupo, porém como estava inscrito individualmente, recebi um local de estadia diferente do local do grupo de minha paróquia. Mas contando todo os problemas que tive, eu não estava me preocupando muito, pois isso era um mero detalhe de “logística”.



Terceira etapa: A viagem.



Chegou o dia “D”, e viajamos. Saímos de São Paulo com destino à Santiago, no Chile. Pois o vôo que iria até Sydney sairia de lá.



Chegamos ao Chile às 11 da manhã. E só embarcaríamos para Sydney às 11 da noite. Para que não ficássemos no aeroporto todo este tempo, sem nada a fazer, alguns irmãos de uma comunidade neocatecumenal de Santiago nos recebeu, e nos levou à conhecer a cidade. Deram-nos o que comer, nos levaram para conhecer a igreja de Nossa Senhora do Carmo (padroeira do Chile) e também rezamos as vésperas com a comunidade que nos acolheu.



Depois embarcamos para o vôo para a Austrália.



Chegando à Sydney, uma comunidade de lá nos recebeu no aeroporto, e nos ajudou a chegar em nosso alojamento, igreja de Santa Martha. Em que fiquei sabendo que poderia ficar alojado ali, junto com o grupo de minha paróquia!



Fomos muito bem acolhidos na Austrália. Primeiro ficamos alojados em uma escola, e nos últimos quatro dias de nossa estadia, ficamos em um albergue. Os pontos altos para mim foram a vigília e a Missa de encerramento com o Papa, em que 400.000 pessoas estiveram presentes, o encontro vocacional com os iniciadores do caminho, Kiko, Carmen e Pe. Mário, a peregrinação que fizemos a pé, sob chuva e frio à igreja onde fica o túmulo da Santa Mary MacKillop, nossa visita ao convento da ordem das irmãs Missionárias da Caridade (concebida e criada por Madre Teresa de Calcutá), e as várias Missas que celebramos na paróquia de São Vicente, em Redfern.



Enfim, calculo que esta JMJ tenha me custado cerca de 6 a 7mil reais, contando sinais, taxas, passagens e o dinheiro que levei para a Austrália. E estou pagando isso até hoje, pois fiz um empréstimo para arcar com os custos, e felizmente as parcelas terminam em setembro deste ano.



Muitos podem achar que é loucura gastar esse dinheiro, tempo e disposição “somente para ver o Papa”. E podem perguntar se realmente vale a pena. Eu digo que sim. Além de ter um encontro com o Papa, ir a uma JMJ é ter a certeza de ter um encontro, e uma experiência concreta de Jesus Cristo em sua vida. É dar um testemunho para o mundo, e principalmente para a cidade e o país que recebe este evento, de que por Cristo, é possível o mundo ter uma juventude que não se perde em bebidas, drogas, sexo, prostituição e todos os outros males que afetam os jovens no mundo todo. E que esses jovens, aparentemente caretas, por não usarem drogas e por preservarem-se castos até o matrimonio, são felizes e completos, pois conhecer o amor que vem de Deus.



Diziam os jornais de Sydney ao fim da semana da JMJ que a monotonia voltava à cidade, porque os jovens alegres, que cantavam “Aleleuia” e batiam palmas por Sydney, estavam partindo.



O Senhor chama, e os jovens de todo o mundo respondem.
Prepare o seu espírito, ore, espere pelo pior - você vai andar muito, vai dormir no chão, vai sentir frio/calor, não vai ter conforto, a comida pode faltar, ou não ser boa – mas tenha a certeza de que Deus estará com você, e não vai te desamparar.
O meu maior testemunho é de que tudo isso vale a pena. Não há dinheiro que pague as Graças recebidas em uma JMJ. 
A JMJ Madri está chegando. Você vai? 
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Se assim Deus permitir, sim, eu vou à JMJ Madri!
 
No próximo post, fotos com legenda da peregrinação à Austrália!!!
 
Giovanna

3 comentários:

  1. Obrigado pelo testemunho.
    Realmente é muito encorajador. Se Deus quiser nos encontraremos em Madri!!!!

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  2. Agradeço pelo testemunho tb, me fez recordar o quão maravilhoso é uma JMJ, eu tb fui em Sydney e concordo que foi a maior experiência do amor de Deus na minha vida..

    Gostaria de compartilhar a minha experiência esta nesse link: http://vamosamadri.wordpress.com/2009/04/27/sidney-uma-experiencia-maior-do-amor-de-deus-com-wesley-tadeu/

    A paz contigo.
    Rumo a Madrid 2011 se Deus quiser!!

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  3. Sonhando aqui ja com a Missão em Madri, abrcs

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